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Martine Grael e Kahena Kunze renovam patrocínio e projetam temporada: 'O recomeço é muito bom'

Tranquilidade para competir. Aos 30 anos, esse é o desejo de Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs olímpicas da Vela na modalidade 49er FX. Após fazer história nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, a dupla conquistou a medalha de bronze no Mundial em novembro e, nesta segunda, renovaram o patrocínio com a Energisa, no Iate Clube do Rio de Janeiro. No evento, as atletas contaram ao LANCE! como a extensão do vínculo é importante para a continuidade da preparação para o próximo ciclo olímpico.

- Nosso esporte é bem complexo. Tem o barco, a logística, as viagens... É um esporte que, hoje, é bastante caro em termos de competição a nível olímpico. A gente tem muita coisa por trás de só uma campanha. Com o patrocínio da Energisa, tudo fica mais fácil e a gente fica mais aliviada. Assim, conseguimos contratar os profissionais para estarem com a gente, além de equipamentos. Logisticamente, na viagem, também fica mais confortável. A gente consegue só focar no treino - disse Kahena. Kahena ainda aproveitou para destacar a importância do incentivo não apenas para os treinos da temporada, mas também em relação à estabilidade financeira dos atletas olímpicos, que por vezes perdem patrocínios. Como a própria atleta relembrou, nem medalhistas estão imunes à incerteza. - A maioria dos atletas pensam em como vai ser o dia de amanhã, porque podemos nos lesionar e perder tudo. Então (a renovação do patrocínio) é um conforto e uma segurança muito forte para o atleta. Estamos felizes com essa parceria. Depois dos Jogos Olímpicos, vários patrocinadores saíram, logo, a renovação traz felicidade.

Presidente da CBSk fala do skate como segundo esporte do país e no limite de idade que começa a ser discutido

Era madrugada em solo brasileiro e até os trabalhadores mais matutinos não conseguiam dormir: estavam encantados com uma garota de 13 anos que ousava saltar por corrimãos, fazendo manobras em cima de seu skate em Tóquio, do outro lado do mundo. Rayssa Leal era a única brasileira na final olímpica, deixando para trás, entre tantas adversárias, duas outras brasileiras mais velhas multicampeãs. O encanto dos brasileiros na Olimpíada não se resumiu à Fadinha, como Rayssa, que viralizou fazendo manobras fantasiada de fada quando tinha sete anos, é conhecida. A modalidade ainda trouxe mais duas medalhas de prata, uma com Kelvin Hoefler e outra com Pedro Barros, e deu à Confederação Brasileira de Skate (CBSk) a certeza de que é possível fazer da modalidade o segundo esporte no Brasil.

Eduardo Musa tem 48 anos e é jornalista por formação. Natural de Santos, atuou na gestão de carreira de Neymar durante 2010 e 2015 e seguiu na área. Em setembro de 2017, foi eleito vice-presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk) ao lado de Bob Burnquist, lenda do esporte. Duda, como é conhecido, assumiu a presidência da entidade em julho de 2019 e foi eleito no ano seguinte para um mandato válido até 2024. Foi um dos líderes do movimento que restituiu à CBSk o direito de representar o skate em âmbito olímpico, que estava em disputa com a CBHP (Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação).